segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Currículo mínimo x Geofdiversidade


Vamos iniciar os comentários sobreo IV Simpósio Brasileiro de Geofísica pelo polêmico final do evento!

Agendado para o final do evento o sorteio do netebook, Ops! A mesa redonda sobre a Regulamentação da profissão do Geofísico proveu várias discussões.  Foi um dos grandes momentos solenes da nossa comunidade! Tudo começou com a proposta do professor  Medeiros da UFRN de criar um currículo mínimo para os cursos de graduação em geofísica. Mas, foi o professor Molina da USP que anarquizou o assunto!  A grande massa torceu o nariz, até os que estavam lá pelo netebook, Não sei se o motivo foi por não entender a verdadeira proposta de Medeiros, ou se realmente todos achavam incabível tal parecer.

Entretanto, uma simples observação na grade curricular dos cursos de graduação revela que já existe um “MMC” dos mesmos. Nos dois primeiros anos os alunos têm disciplinas básicas de física, cálculo, processamento e geologia. Em seguida, os mesmos apreendem os métodos geofísicos e, por fim, as matérias profissionalizantes de exploração geofísica. Esta estrutura em comum está alicerçada em outras cadeiras peculiares de cada universidade. Não sei se é esta a fórmula correta, mas é a que funciona para o nosso sistema atual!

O conceito do currículo mínimo não é original, só não é mais antiga que a indiferença entre geólogos e geofísicos. É uma alternativa retrograda e que contraria a “Geofdiversidade”! Em nenhum curso existe isto, muito menos ficou reconhecido por ter um currículo mínimo! A graduação em geofísica não é uma fábrica de robôs em série, que sabem apertar botões!  A era do fordismo é passado! O que o nosso sistema tem que absorver é mão de obra multidisciplinar, pitoresca, peculiar, particular e criativa. É assim que caminharemos para um desenvolvimento técnico-científico deste país!

Caros! Não é por não termos um currículo mínimo que o MEC vai nos aglutinar na esfera geológica. O buraco é mais em baixo! Enquanto, não ficar claro para todos que geólogo e geofísico são profissionais distintos, mas que se complementam, não somos nada!

A conclusão final da fatídica discussão é que tinha um bando de gente bem intencionada, que se diz ser geofísico por ter um grau de mestre, e ou doutor, tomando as rédeas do nosso futuro! Enquanto, os espertos que esperavam o tal sorteio, só pensam em colar grau e entrar no mercado de trabalho!

Para finalizar agradeço a Ellen Gomes, Adalene, Roberta Vidotti , entre muitos outros que fomentaram tal evento