segunda-feira, 16 de abril de 2012

Emenda Nº5! Uma faca de dois gumes!

Não é de hoje que os físicos desempenham um importante papel na área de geofísica, principalmente na Petrobras. Apoio, indiscutivelmente,  a manutenção deste profissional, haja vista sua contribuição. Por isso, sou contra a reserva de mercado privativa, e apoio o direito dos físicos continuarem trabalhando como geofísicos, ou, melhor ainda, como geocientistas.  

No entanto, é discutível a inclusão dos mesmos no PLC 117. Primeiramente, vamos tentar esclarecer este projeto de Lei em questão. O mesmo deu-se inicio em 2006 com a proposta de definir o que é geofísica, e reconhecer e regulamentar a profissão do geofísico, devido a sua importância para o desenvolvimento econômico do país, e por existir o curso de graduação em geofísica em algumas universidades brasileiras. No mesmo, os geofísicos não reivindicam área de atuação privativa ou fixação de reserva de mercado, mas querem apenas o reconhecimento de sua profissão e a definição de algumas regras mínimas de procedimento na fiscalização do exercício profissional. Isto porque, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) tem se recusado a aceitar as Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) encaminhadas por eles. Nessas condições, estariam correndo o risco de exercício ilegal da profissão. A ART é um instrumento formal pelo qual engenheiros, arquitetos, agrônomos, geólogos e outros profissionais registram os seus contratos com informações sobre suas obras ou serviços. Nenhum trabalho pode ser iniciado sem a  ART correspondente. 

Vamos, agora, analisar alguns pontos cruciais deste enredo.  Ao comparar a grade curricular acadêmica dos Geólogos, Geofísicos e Físicos percebemos uma diferença peculiar entre os mesmos.  Ao contrário dos primeiros, os físicos não possuem em sua base acadêmica cadeiras das geociências, que possibilitam um desenvolvimento de um pensamento geocientífico, e profissionalizantes na área de exploração mineral, petróleo e gás, geotecnia, exploração de água-subterrânea, avaliação de danos ambientais, aeronomia, etc.

Será que em três anos a Petrobras ou outra empresa de geofísica fornecerá o conhecimento geológico e geofísico necessário para estes profissionais terem o direito de atuarem nas aéreas de atuação supracitadas?! 

Será que os físicos devem ter o mesmo direito que os geólogos e geofísicos no que desrespeito às ARTs?! Sendo que estes tiveram no mínimo de quatro há cinco anos de formação abrangente nas geociências para possuírem um diploma! Sabemos que a Petrobras fornece um treinamento especializado para atuar com o método sísmico de reflexão, e o mesmo é bem direcionado.  

O fato é que: "Até que ponto a prática de serviço profissional substituí uma formação acadêmica?!" 

Sem dúvida, a emenda de número 5 do senador Lindbergh Farias padece de uma discussão cautelosa. Incluir os físicos na regulamentação pode ser uma faca de dois gumes. Será que a formação acadêmica dos mesmos os prepara, suficientemente, para atuar como geofísicos nas diversas áreas de exploração, e os capacitaria a assinarem contratos de serviços geológicos e geofísicos como pessoa jurídica?! Além disso, ela é perigosa ao equiparar tempo de serviço profissional com formação acadêmica. O que poderia abrir precedentes para outras situações profissionais semelhantes. 


Volto a ressaltar que os físicos devem possuir o direito de trabalhar com geofísica, mas como pessoa física. Os mesmos possuem uma excelente base nas ciências exatas que os capacitam a atuarem na indústria de Petróleo. Ela está sabendo aproveitar bem este profissional, treinando-os e especializando-os em áreas estratégicas da geofísica. Além disso, o país carece de geofísicos de formação, e só existem seis universidades brasileiras que formam este profissional. 






P.s: Está é uma opinião pessoal e carece de discussões de todas as partes.





sexta-feira, 6 de abril de 2012

Novos Geólogos de Sergipe

Prezados,
Sei que muitos de voces já sabem.
Mas não nos custa nada re-noticiar.
Formamos os primeiros geólogos e geólogas em Sergipe.
Com muita luta e muitos sacrificios estes jovens venceram as barreiras de serem os primeiros.
São hoje parte daquilo que professores desta universidade, a UFS, se prontificaram a fazer quando em 2006 defendenderam o PROJETO PEDAGÓGICO DO NOVO CURSO A SER CRIADO durante o Congresso Brasileiro de Geologia , realizado em Aracaju, onde tivemos forte participação com alunos de outros cursos da época já engajados no sonho de termos um Curso de Geologia aqui. Estes alunos atuaram fundamentalmente nos Cursos fornecidos aos professores da rede municipal , pré-congresso. Um deles esta se formando nesta fase de conclusão pois prestou o primeiro vestibular para o novo curso e passou.
Assim se realizaram os sonhos destes jovens que com garra e determinação festejam suas vitórias.
Por isso, e com animo renovado, volto a postar nesta rede tão bem vista em nosso contexto brasiliero e nordestino de geologia.
Agradeço a todos os que colaboraram para este sucesso e, até mesmo, aos que lutaram contra ele, pois nos deram a certeza de que o desafio a ser vencido valeria a pena.
Acreditamos no futuro de uma geologia forte feita em Sergipe, uma geologia feita por geólogos e geólogas sergipanos, e que com humildade buscam aprender com seus mestres provenientes do mundo pois sabem que ser geólogo é ser do mundo.
Quem desejar saber mais sobre eles busquem saber onde estao no momento pois alguns já estao trabalhando em empresas fora ou dentro de Sergipe ou atuando em universidades (mestrandos e professores).
ACREDITANDO QUE FORMAR PESSOAS COMPETENTES E INTEGRAS É O DEVER DE TODO EDUCADOR, seja ele geólogo ou o que quer que seja.
E virão já já novos profissionais pois temos alunos saindo em Julho e no final de 2012.
Que venham os nossos futuros geólogos e geólogas, Sergipe e o Brasil precisa de voces.
Atenciosamente,

Antonio Garcia
Vice-Presidente da Associação de Geólogos de Sergipe
Profesor do Curso de Geologia da UFS
garciageo@hotmail.com